CONJUNTO NGONGUENHA
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Em entrevista ao Podcast Mambos HipHop da Banda, El Conductor argumenta que há uma leitura errada de que o número de pessoas que escutam e gostam de Hip Hop hoje é menor. Acima de tudo, por não considerarem o facto de que existem mais recursos para o efeito.
O rapper e produtor que notabilizou-se no Conjunto Ngonguenha e Buraka Som Sistema, falou sobre ambos grupos, hip hop, e entre outros tópicos, a forma como vê o mercado musical em Portugal e #Angola.
É o segundo convidado do Podcast MHHB da temporada gravada em Lisboa, que já está disponível em todas as plataformas de áudio.
Buraka Som Sistema fez acima de 600 concertos fora de Portugal
Redação
Bem humorado e sem economizar palavras, Andro como também é tratado nesta entrevista recordou a trajectória de sucesso do Buraka Som Sistema com a revelação de que ao longo de 10 anos chegaram a fazer acima de 600 concertos fora de Portugal.
Com 1 hora de duração, El Conductor teve tempo para falar sobre as suas influências musicais e músicos que constam da sua playlist.
Para ouvir o episódio completo disponível apenas em áudio clique play no link abaixo.
Coerência e integridade, são as duas palavras que melhor definem o desempenho deste Rapper, que sempre soube dar respostas, a medida das inúmeras dificuldades imposta pelo regime na divulgação do seu Petróleo Bruto. MCK marca a diferença com seu modelo de Marketing alternativo e radical, demostrando sempre que as ideias tem mais força que os Kumbus. Desta vez surpreendeu-nos a todos, com lançamento do novo álbum em formato USB por intermédio de uma Pen Drive que trará os seus três álbuns e as respectivas letras ( Trincheira, Nutrição e Proibido) e ainda como bónus, três dos albuns mais procurados e actualmente esgotados no Circuito Fechado, Keita Mayanda, Leonardo Wawuti e o primeiro cd do Conjunto Ngonguenha.
Hip Hop Angolano 2010
2010 foi um ano bastante polémico para o hip hop angolano, mais baixos do que altos, a quantidade de álbuns lançados e cópias vendidas não ajudaram a superar a crise, rappers reagiram inconformados com as fusões do rap com o kuduro e demais estilos musicais em inúmeros debates e temas musicais.
A abordagem desse tema levou muitos a acreditar que o rap como tal estivesse morto, e para provar que o rap está vivo não foi preciso esforço, aconteceu naturalmente, afinal não só das fusões vive o rap em Angola, discos como Conjunto Ngonguenha, Raiva e Reptile, Kid Mc e Sandocan são provas evidentes de que não há fundamento tanta implicância com as fusões que o rap sofre. Entre os vários nomes de artistas que fizeram fusões os mais crucificados foram Big Nelo, Edy Tussa, Cage One, Gomez e JD.
Outra pedra no sapato em 2010 foi o PLAGIOMOTO, Miguel Neto o apresentar do programa radiofónico RC levou a analise várias músicas da nossa praça e acusou muitos artistas de plagiadores, nisso CJ Clue ganhou popularidade acusando Phathar Mak de roubar um dos seus instrumentais, enquanto que a Revista Platina ao publicar um artigo acusando Sandonan de plagio, gerou um clima desarmonioso entre SANDOKAN e a produção do programa 10-12 da TPA, que baseou-se na noticia para meter mais lenha na fogueira. Com isso muitos artistas caírem em descrédito estando certos ou errado, e o programa ridicularizou-se um pouco quando acusou uma mixtape como plagio.
Um capítulo especial foi sem dúvidas o regresso do Conjunto Ngonguenha que marcaram o ano com o seu segundo álbum, “Nós os do Conjunto”, outro nome que não se pode ignorar é o de Vui Vui dos Kalibrados, Máfia King foi uma das mixtapes mais baixadas da internet dentro do movimento hip hop angolano, mas a mixtape que reuniu os melhores mc’s de Angola e teve a maior aceitação, foi indiscutivelmente a Mixtape o último Samurai volume II, a música Aleluia matou a fome das ruas por rap batle, diz-se em bocas miúdas que o som terá incentivado troca de linhas entre NGA e Extremo Signo.
RAIVA agitou as ruas lançando todas as sexta-feira entre Outubro, Novembro e principio de Dezembro, uma mixtape para ajudar a promover o seu álbum com Reptile. KID MC com o incorrigível fechou o ano, não houve durante o ano de 2010 maior aderência na aquisição de um álbum com o de KID MC que no parque na Independência gerou a maioria confusão. Big Nelo apesar de ter sido o mais crucificado por ter feito Kuduro, fechou o ano como o primeiro no top de maior download neste blog, falando sobre este blog, é verdade que quase foi ao esquecimento no final de 2010, mas as relações entre Angola e Moçambique não decaíram, pelo contrário, nos dias de hoje e com a ajuda da internet a música anda com os próprios pés, sobretudo quando é boa. Mas não ficaria bem terminar este texto sem reconhecer o trabalho que os outros blog tiveram pra manter acesa a chama do hip hop, MADTAPES, CENAS QUE CURTO e Luso Hip hop, foram quem mais se destacaram neste sentido.
Entre as inúmeras coisas que aconteceram durante o ano, não podemos deixar de lamentar o facto de termos perdido o Karl Marxs, Riquinho sempre foi polémico, mas percebemos o seu grito quando na rádio reclamou o facto de terem vendido o cine Karl Markx para um projecto habitacional, é de facto preocupante sobretudo quando só resta o cine Atlântico para show de grande ponte.
Para fechar o ano Phathar Mak, um rapper com historia e fiel aos seus conceitos, realizou o seu primeiro grande show no cine Atlântico, comemorando assim 18 anos de carreira, mas infelizmente não tivemos casa cheia, os amigos do rap não prestigiaram o homem do “laranjas”, mas os amigos de todos os tempos lá estiveram para mostrar a todos que a amizade está acima de tudo, destaque para Kool Klever e Big Nelo.
HIP HOP MOÇAMBICANO 2010
2010 – mais um passo enfrente foi dado na história do moz hip hop, não só pela gprO, mas também por outras labels em Moçambique que fizeram com que pela segunda vez consecutiva fosse considerado ano do hip hop; mais discos foram lançados em relação a 2009 e desta vez com melhor qualidade, igualmente mais show e consequentemente mais artistas subiram aos palcos.
A GPRO começou o ano investindo em nova estratégia de acção, um casamento entre o marketing e o talento, gravaram 3 vídeos de alta qualidade, e lançaram dois álbuns, (gpro label e G2). O álbum da label foi lançado em simultâneo entre Moçambique e Angola, mas o resultado das vendas não cobriu o investimento, problemas surgiram, e o percurso da historia tomou outro rumo, Duas Caras voltou a sair de casa, já não usa a camisola 10 da Gpro, caminha sozinho e longe da Gpro. Ninguém gostou da noticia e foram pegas de surpresa quando no Big Brother África, anunciaram a performance da gprO, e só apareceu 3H e G2, fãs choraram e exigiram pronunciamento da Gpro que diz ter feito de tudo para manter o Kara Boss na equipa, mas motivos pessoais o mantêm indisponível para representar em nome da gprO.
DJ DABO e DABO BOYS acordaram para um rap mais abrangente, começaram com um grande show em Janeiro e até ao final do ano 500 barras surgiram em forma de disco, mas Moçambique não é uma rocha, perguntem ao DLON afinal ele levantou muita poeira não só em Maputo, mas igualmente em todo pais.
TRIO FAM como todos sabem já não pertencem a Track Records, deram em 2010 passos significativos para a sua carreira e contributo ao do hip hop moçambicano, lançaram um video clipe de alta qualidade que pode até concorrem como um dos melhores do ano, abriram o seu próprio estúdio “Mukeru” e recebem grandes nomes do musichall moçambicano.
A má descrição de Moçambique num ponto de vista de um jornalista angolano no facebook teve maior repercussão no facebook e ofendeu o orgulho moçambicano afectando a boa relação entre angolanos e moçambicanos, este facto incentivou a realização do show “só nós”, um espectáculo que reuniu os melhores do musichall moçambicano, foi segundo muitos uma das maiores festas da música do pais da marrabenta.
Mozambique Music Awards reconheceu os bons feitos do hip hop e chamou a Gpro para receber o premio pela música Punchline, Duas Caras para Karaboss e EllP como produtor.
Várias coisas boas aconteceram, mas nem tudo foi um mar de rosas para Moçambique, Lizha James, Big Nelo, Dama do Bling, Anselmo Ralph, Bang, Izidine, Dygo Boy, e ZAV uniram-se pela valorização da musica lusófona no Channel O Vídeo Awards, mas infelizmente 2010 nem Lizha nem Bling levaram prémios para Moçambique, o mesmo se diz a Big Nelo e Anselmo Ralph para Angola, os esforços foram menos comparando-se com os nigerianos e sul africanos que sensibilizados a votar o fizeram ao ponto de levaram todos os prémios, mais isso não foi de todo triste afinal ficamos todos orgulhosos quando a Dama do Bling subiu ao palco numa performance com Sasha P, foi bonito sim.
Ao terminar o ano ouvimos musicas que anunciaram o regresso de 100 Paus e do Dinomite a estrada da música, agora sabemos que quem provocava as polémicas na gprO era o 100 Paus, que resolveu voltar dando pauladas a todas as mulheres moçambicanas, boa música mais não foi bem recebida. Dinomite o criador de uma das linhas mais reproduzidas no rap game moçambicano “assim como moz, precisa do guebas para governar”, voltou com muita gana no principio da sua carreira a solo, outro destaque também, é o convite da Iveth o primeiro álbum da first lady da cotonete records que nos ofereceu muita boa música.
MOÇAMBIQUE-ANGOLA
Com a venda do disco da gprO e da Dama do Bling em Angola, estimulamos o comercio de disco entre os dois países, artistas moçambicanos hoje conseguem ver seus discos a serem comercializados em Luanda, discos como G2, Iveth e Dj Dabo já estão em vendidos em Luanda.
2010 foi um ano abençoado para a DAMA DO BLING em termos de expansão internacional, radialista da rádio Luanda apaixonou-se com a boa música da blindada e partilhou com o seu auditório, quando se diz que não passa música moçambicana nas rádios em Angola, não é verdade ou a Dama do Bling não é moçambicana, é dona de um sucesso e popularidade invejável, convidada especial do show da Pérola, dignificou o seu nome e faz jus ao titulo o seu disco, diferente interpretando um tema calmo e igual representando o que a caracteriza como cantora agitada, depois do show, a jovem cantora foi esperada por inúmeros fãs, que não se contentaram com fotografias e autógrafos, mas sim com objectos pessoais e abraços, uma jovem terá mesmo implorado e chorou para conseguir o brinco da Dama do Bling
Assim foi a actividade de MC K, um jovem com visão de mais velho, prova disso são os êxitos da MASTA K e da feira do RAP, estamos a falar num tom de brincadeira só para puxar um sorriso, mas a verdade é que a Masta K da a alma em prol do hip hop angolano, todo suor deve ser bem respeitado, afinal é desta união de esforços que rap alternativo está cada vez mais independente em Angola
Parabéns a Masta K, parabéns ao Conjunto Ngonguenha pela ressurreição, parabéns a todos que fizeram a sua cesta básica adquirindo bom rap para a sua quadra festiva.
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MC MATITA BREVEMENTE
Ai vão alguns sons do Mc Matita e para quem morre de saudade dos seus FREESTYLE é só fazer download.
Freestyle – DOWNLOAD
Tu não podes fazer nada – DOWNLOAD
pEQUEno gIGANte – DOWNLOAD
Mas o dia da independência foi no foi no show de apresentação do álbum Kooltivar, primeiro disco de Kool Klever. Porquê este show teve um caracter especial? Foi o primeiro espectaculo de artistas com a mesma linha de pensamento, não haviam grandes nomes para ajudar a encher a casa, apenas undergrounds, realizado pela Masta K produsons, não poderia ser diferente, aliais foi bastante diferente, começando pelo local do show, o Elinga Teatro ficou fora do programa, e o cine Atlantico acolheu cerca de 5 mil pessoas, o cenário do palco foi o mais realista possível, um carro estragado e uma roulote em funcionamento disputavam a atenção do público, mas na verdade o que prendeu o público no local até ao último minuto, foi um verdadeiro espectaculo.
E com um pequeno atraso Kool Klever começou o seu show cantando 4 temas, entre elas Hip Hop e Rimas e Flows, músicas queridas mas que acabaram não entrando no disco, normalmente as entradas aos grandes espectaculos têm criado muita espectativa e no caso “Kleva” não foi excepção, julgando a reação do público que gritou quando no interior daquele carro estragado Toyota Starlet, vermelho com a matricula LD-13-63-AB, Kool Klever dropava o tema “hip hop”. Para o show a Masta K selecionou alguns artistas e todos eles tiveram a maior aceitação do público, X da Questão, Conjunto Ngonguenha, Kid MC, MC K, Estilo urbano, DJ Samurai, DJ Bumber Jack e Valete, e como Kool Klever é da Cerebro Records a sua tropa não poderia ficar de fora, a Muralha estava presente com todo o peso, Lil Jorge, Celder e Lukeny Fortunato também queimaram os microfones no remix da música verbalização. “Cada vez que o Big Nelo diz carga refere-se a mim” trazia Edú ZP escrito na sua t-shirt, que subiu ao palco e cantou “a luta continua” com Kleva e MCK, música bastante conhecida pelo público, mas o convidado que ofuscou o brilho de todos outros artistas foi o Rashid, o filho do Kool Klever, que com 5 anos de idade, já realizou o sonho de cantar no palco do atlantico, e o fez bem cantando com o pai a música dedicada a todas as mulheres que tiveram coragem de ir ver o show, “Black Woman” Mc Rashid cantou e Ricardo o outro filho do Klever que não tarda completará 3 anos, dançou como um B.boy e o público bateu palmas pela participação.
Algumas figuras como o MVP Kikas Gomes, Vui Vui, Os tunesas, Almir Agria, Victor Hugo Mendes e outros não menos importantes tambem participaram do show, fazendo parte do cenário, exactamente na roulote, consumindo gasosa, água e sumo, um retrato bem representado da nossa realidade, como fundo do palco, haviam chapas, pneus, e jornais colados a parede, avontade nunca vista nos outros shows, embora não ter sido planificado o palco acabou tendo 107 pessoas, cada um com o seu “bilinque” para lá permanecer, mais ninguem zangou, afinal representou-se bem aquilo que somos, “mwangolês”, que em alguns casos gostamos de assumir barulho, embora que essa prática não foi bem sucedida já que a segurança ameaçava dar choque electrico.
Convidados especiais
No entender deste blog o convidado especial não foi só o Valete, mais também o CFK, Valete partilhou o palco com CFK e juntos deram muita karga que quebraram com a iluminação do palco, fazendo com que o show tivesse um intervalo de 3 minutos, anti-heroi, 100 barras, Roleta Russa deixaram o público bem agitado ao ponto de tentarem invadir o palco, mas muitos recuaram com medo do choque electrico, mas mwangolê você sabe como é, muitas fintas e como o Valete é humilde muitos conseguiram roubar um abraço, outros conseguiram oferecer o seu carinho, outros cantaram com Valete que no backstage confessou não ter noção da sua popularidade em Angola, não escondeu também que por onde passou, Angola impressionou-o pela positiva, as músicas não passam nas rádios mais todos conhecem e cantam as suas letras.
Muitos recearam o sucesso desta actividade e na verdade o exito deste show deve-se a persistência dos reppers conscientes, afinal resistiram a todas as pressões do mercado, é uma victória para o underground saber que se quizermos não precisamos prostituir a arte em deterimento de muitos trocos, foi proclamada a independência do hip hop underground, porque o facto é que unidos tudo é possível, e estavam todos unidos quando foram ao atlantico e se nos unirmos o hip hop underground vai mais longe.
E muito já não vamos falar, pois as fotos falam por síKool Klever, com o filho Ricardo nas costas e o outro filho Rashid dropando
Valete dropando
Dj Samurai
Kid Mc com muita furiosidade
CFK se conduzisse multado teria sido, porque numa só faixa lança rimas com duplo sentido