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AZAGAIA DESCREVE DISCO DE MC K

Proibido ler isto
Agora que começaste vai até ao fim… disse para mim mesmo depois de apertar o play e deixar o novo CD do McK rolar. De certeza que não sou o único que gosta do proibido, eu e toda a raça humana somos assim. Proibir é acender uma chama no frio, ela queima mas aquece. Ainda bem que logo na primeira faixa do disco o K tranquiliza-nos quando diz que se trata de Fogo Amigo. E é disso mesmo que se trata, McK, por trás da Trincheira de Ideias que já nos habituou, abre fogo em nome da justiça, paz e liberdade e diz que está de volta na caminho de luta depois de 5 Anos de Ausência.
O álbum começa muito bem para quem esperou 5 anos por ele. Com uma sessão rimada de explicações e esclarecimentos, afinal meia década de ausência é suficiente para alimentar boatos, rumores, e mal entendidos, McK leva-nos aos assuntos proibidos de Angola, de África e do mundo, mostrando-nos que embora afastado, esteve sempre atento. Acredito que foi com essa atenção que ele percebeu o que há Por Detrás do Pano num som profundo e arrepiante com a ajuda das vozes vibrantes de Beto de Almeida e Ângela Ferrão, na faixa 3. A mim pareceu-me um recado para uma Angola emergente onde por mais que a vida brilhe como diamantes para alguns e como lágrimas para muitos, no fundo todos os angolanos são iguais e sensíveis às fatalidades da vida, daí a necessidade da união para além dos bens materiais, bens esses que, segundo o K, são também o fundamento da Teologia da Prosperidade que multiplica falsos profetas na terra das Palancas. Já agora, também aqui no país da Marrabenta. E falando em país, na quinta faixa percebemos com quantos Nomes, Rimas e Palavras se fazem os podres dum país. Tudo isso por cima dum beat ácido de Sam The Kid que, curiosamente, foi produzido na noite de natal de 2009 na casa do McK com o MPC do Boni da Diferencial. Eu estava presente na hora e foi o natal mais underda minha vida. Jesus nasceu ao som de beats e rimas.
Nzala é o nome da faixa que McK faz com Paulo Flores, uma música sem flores e cheia de lágrimas. Conta uma daquelas histórias sem final feliz. Daquelas que os africanos bem conhecem e só as contam para que nunca mais se repitam. Nzala, que significa fome, é filha da guerra que não acabou para todos, principalmente para as crianças das ruas de Luanda. E porque não de Maputo?! Mas é, noutro contexto, a tentar mostrar que há espaço para a paz entre o Hip Hop e o Kuduro que o K chama o kudurista Bruno M para largar dos versos mais lúcidos do disco no tema Kamama ou Kuzu, ou seja, morte ou cadeia, se bem traduzo, as únicas alternativas para quem vive no crime. No crime, ou à volta dele, estão também prostitutas disfarçadas de funcionárias bancárias, traficantes de droga disfarçados de empresários, maridos cornudos disfarçados de gigolos e todos eles a viverem um racismo disfarçado Na Fila Do Banco, na faixa 8. Uma mistura de temas proibidos que vale a pena experimentar. McK, DaBullz e Agente Supremo, na faixa seguinte, mostram o orgulho de fazermos parte dum Circuito Fechado onde as luzes da mídia não seduzem a ninguém. O K continua e pede paz no prato no País do Pai Banana, coisa que, segundo o mc, é difícil num país onde todos os cachos são controlados por 3 famílias. Continuando com as ironias, chega a vez do Ikonoklasta juntar-se à sessão de proibição e dizer que A Bala Dói, principalmente quando oferecida em vez da comida prometida. Quase ninguém escapou das balas destes dois mcs angolanos. Quem também não escapou às balas foi o próprio McK no tema Quarentona Atraente, afinal quem mata também morre. Um estória interessante sobre como pode ser o fim dum rebelde revolucionário que porque também tem sangue nas veias, foi alvo fácil duma espiã sedutora. Sinceramente, devia ser proibido esse tipo de armas!
O disco acaba com o K no céu ao lado do Cheroke e outros combatentes vítimas deste mundo onde não há espaço para santos, no tema Tou na Fronteira. Ele bem que avisou que o álbum começava num Domingo e acabava num Sábado. Mas como parece que até no céu o K não pararia de escrever, ainda surgem duas faixas bónus, a Vida no Avesso e uma justa homenagem ao país deste mc no tema Eu sou Angola. Outra justa e merecida homenagem deve, sem dúvidas, ser feita ao produtor Boni da Diferecial, ele que foi quase que inteiramente responsável pela banda sonora deste álbum que se continuar proibido de se ouvir, será mais consumido que filmes porno. Bem, eu avisei que era proibido ler isto. Óptima escuta!  
Mano Azagaia
9 de Janeiro de 2012

MC K – Inovação

Quem frequenta os espectáculos de Rap no Elinga,(Luanda) e noutros locais, já deve ter reparado a que antes de começar o show há uma feira onde normalmente há discos e t-shirts a venda, está ideia saiu do papel para a pratica inicialmente pela Masta K, como uma fonte alternativa para a divulgação da música rap, sobretudo para aqueles artistas que o fazem com meios próprios ou não estão associados a grandes editoras.
De acordo com o e-mail que acabamos de receber teremos uma INOVAÇÃO dia 18 de Dezembro, na venda do álbum do MC K “proibido ouvir isso”, isso no Parque da familia, acompanhe:

Coerência e integridade, são as duas palavras que melhor definem o desempenho deste Rapper, que sempre soube dar respostas, a medida das inúmeras dificuldades imposta pelo regime na divulgação do seu Petróleo Bruto. MCK marca a diferença com seu modelo de Marketing alternativo e radical, demostrando sempre que as ideias tem mais força que os Kumbus. Desta vez surpreendeu-nos a todos, com lançamento do novo álbum em formato USB por intermédio de uma Pen Drive que trará os seus três álbuns e as respectivas letras ( Trincheira, Nutrição e Proibido) e ainda como bónus, três dos albuns mais procurados e actualmente esgotados no Circuito Fechado, Keita Mayanda, Leonardo Wawuti e o primeiro cd do Conjunto Ngonguenha.

Inicialmente estarão disponíveis ao público cerca de 500 flashs (Pendrives) e o preço não está salgado, bastante razoável sobretudo pela Inovação, é um produto novo no hip hop angolano, vamos esperar que está ideia dificulte a vida dos piratas, “já que as pendrives são personalizadas”.

Uma carta para o meu mano Katró!

Prezado amigo MCK, quando recebi a sua mensagem na 4.º feira, anunciando que irias responder ao texto, sorri e em forma de gozo, pedi que pegasses leve, mesmo sabendo que não o farias já que ironicamente tratas-te-me por “Caro Dino” o que não é habitual, para diminuir o peso do meu texto em forma de consolo enviei-te um texto dizendo “estou a tremer”, alguns amigos em comum que temos, chegaram a ligar-me a pedir que acabássemos logo com isso, que não fica bem dois Kambas, trocarem-se linhas grossas assim, uns até chegaram a pedir-me para remover o vídeo já que algumas pessoas aparecem e não querem nenhum envolvimento como o assunto. Kappa sempre soube que és inteligente, eu também já comecei um texto elogiando a vitima, do estilo vou engrandecer a figura afim de levantar a sua auto-estima para depois detona-lo, por acaso esta pratica tem graça, a ideia é suavizar um lado do rosto para depois dar uma grande e boa chapada no outro, assim sendo sinto a necessidade de esclarecer o seguinte:

1 – Jornalismo

Sobre está matéria provavelmente nada tens a ensinar-me, aprendo todos os dias e estou sempre disponível para enriquecer meus conhecimentos, mais não creio que tenhas mais experiência que alguém que tem mais de dez anos de redacção, há erros sim no texto, é que as vezes sou traído por estas tecnologias. Por isso não procure dar-me informação sobre IMPARCIALIDADE e blá blá blá, foi um texto de opinião baseando-se na nossa conversa.

2 – Carbono e Ikonoklasta

A tua tentativa de dar a volta por cima levou-te a dizer que desrespeitei o Carbono e o Ikonoklasta, e que eu deveria pedir desculpas por isso, tas certo sim, Carbono desculpa-me! Não tenho nada contra ti, o MCK quer dar a entender que tenho problemas contigo. Ikonoklasta cantas bué pai, essa cena não é contra ti, não deixe o MCK transferir o foco pra ti e o Carbono, pergunta lá ao MCK aonde ele estava quando discursavas no Atlântico, o facto é que vivemos numa sociedade em que certas palavras soam a ofensas, também acredito que se eu fosse o Carbono, estaria um pouco zangado com o PappyLove depois de ler o que foi escrito.

3 – MPLA

hehehehehehehehehehe pai, eu ri bastante nessa parte, mas dum coro doeu, nunca chamaram-me de bajulador e ainda por cima amador, pai né por mal, mas eu sou bom em tudo que me dedico, (Deus perdoa-me a falta de humildade) se fosse bajulador, seria no mínimo um bom bajulador. (Mas cá entre nós sem que ninguém leia essa parte, mas eu mesmo bajular o MPLA pra que pai? Para ter dinheiro? Né mais fácil engravidar uma mboa com kumbo?, você até sabe que eu não preciso disso.)

4 – A não realização do show

Clara demonstração de respeito a Lei e bué de blá blá blá que deram-me sono ao ler e que culminou a dizeres “…Mas sei que o meu amigo Dino, não percebe nada disto “, …Caro Dino, se te esforçares um pouco perceberás que o Regime uauê uauê, mama uê mama uê. Ó brada desculpa lá, não quero amiudar a tua resposta, bifaste bem sim, (deixaste meus bradas preocupados, kota Cross lhe bifaram bem, hehehe) mas querer dar a entender que não percebo nem faço leitura da actual conjuntura do pais também já é demais, achas que assim enganas a quem? é um argumento infundado, até porque fui a única pessoa a quem chamaste em particular para analisarmos a questão, por outra, não sinto-me menos prestativo por dar o meu contributo noutra ramo da sociedade, política para os políticos, arte para os artistas, se calhar este conceito está errado, mas eu concordo com a pessoa que ensinou-me que só somos bons quando focamos nossas atenções numa coisa.

5 – A fechar

Se tivesses te dado tempo para acalmar, tenho certeza que responderias o teu direito de resposta com maior lucidez e verdade, eu peguei pesado sim, mas não levei nada ao campo pessoal, claro que não esperava uma resposta cheia de flores, de forma pesada e por duas vezes falei dos teus truques, não trouxe “Ledinés” a conversa, como se de um beef tratasse procuraste desmoralizar-me diante dos teus admiradores, sendo sincero podes até conseguir que eu seja mal visto no movimento hip hop, já que mexi com o Katró, um mc popular e muito respeitado que por sua vez, acusa-me de ter faltado respeito ao público chamando-os de ignorantes, como resultado disso, provavelmente eu venha a cair no descrédito. Entendi que precisavas te defender contra-atacando, esse ideia foi boa sim, mas estarias tu a chama-los de ignorantes se estes não soubessem ler, falaste buê pai, deste jajão citando Leis e uauê uauê, mas desmentir o que escrevi nada, deste uma finta no foco do meu assunto e tas a empurrar-me ao Carbono e Ikonoklasta, você manda jajão, assim Carbono vai me bifar e tal e você pausado num canto só a rir com quem diz “euê quem te mandou…”, é mais um dos teus truques, só que neles eu já não caiu. Nisso de dar sugestões, deverias agradecer-me por ter tomates para falar estas coisas mostrando o rosto, os kambas costumam mentir só para agradar, eu nada posso falar sobre os teus kambas, não gosto nem costumo falar a toa, mas de uma coisa posso te garantir, IMPARCIALIDADE vais encontrar em alguns dos teus bradas, prova disso é que só a tua resposta foi divulgado em facebook e uauês, dando a entender que tornei-me um invejoso do Kappa ou um bajulador do MPLA, o que não é verdade, vês como são os bradas? eu não tenho essa virtude de mentir para agradar, a minha convicção sobre o que está certo ou errado é inabalável, apesar de reconhecer que algumas das minhas opiniões são inconvenientes.

Não é boa ideia levares isso ao capitulo do beef, nossa amizade e nossos laços de parentescos não foram aqui chamados, nem os nomes ao qual sou chamado em fóruns pessoais, Lediné é para bradas chegados como tu. Mas não pense que com este papo, tenho medo ou coisa parecida, apesar de que o biff não engrandece a cultura, eu tenho bagagem e matéria suficiente para dar KARGA, pouco vai importar se os teus fãs virão em cima de mim como estão a fazer em alguns comentários, podes até sentir-te forte porque tens muitos admiradores, e eles não teriam preguiça em me bifarem, mas não convêm trazeres os assuntos de bastidores em públicos, percebi e respeitei o teu direito de resposta, “mas evita só provocares pai, né por mal”

Jogo de futebol no chabba? Até iria se não sentisse uma certa ironia no teu convite, já agora qual é mesmo a causa do jogo? não lembro-me de teres estado em algumas das minhas festas, dai não acho teres uma opinião formada sobre a sua qualidade. Sandra de Sá, Ângela Merkur, Mos Def, Racionais Mcs, Mv Bill, prémio na Rádio Ecclésia, UAU brada, você repa buê pai, sinceramente deixa-la de politiquices e traga-me bom rap aos ouvidos. Quanto a arte da escrito de que vale o teu comentário diante da opinião pública? Repito, você sabe porque e a quem chamaste no Elinga para falar sobre o assunto. Da mesma maneira poderia dizer-te deixa a arte de repar para quem o faz bem, não posso dizer isso sabes porque? Porque não falo a toa e teus fãs diriam “tas maluco”.

Eu costumo desejar feliz natal e próspero ano novo com uma prenda, a tua já está preparada, dia 25 faço-te chegar.

Lediné Mamafuba Yetu

(desculpem-me pelos erros eu não uso aqueles words com corrector automático)

MC K Responde ao Texto “Truques de MC K”


Caro Amigo e “quase Primo” Dino Cross, em nome do respeito e do carinho que nutro por ti, tomei a liberdade de produzir este texto amargo como o ódio e profundo como a nossa amizade, mas é claro, usufruindo de um direito constitucionalmente garantido, “o direito de resposta” consagrado na nossa constituição no artigo 40, número 5.

Em nome da nossa amizade e considerando o excelente trabalho que tens feito ao longo destes anos na divulgação gratuita de vários Artistas, Angolanos e Moçambicanos, farei um desconto a chuva de erros e outros disparates que encontrei na matéria que produzistes, assinada como “Pappy Love”.

Caro Amigo “Lediné”, apesar de teres participado como designer na concepção da capa do meu primeiro Álbum, sinto-me obrigado a informar-te que o Jornalismo é um exercício intelectual de informação e formação de consciências e deve ser exercido sempre com base no respeito ao contraditório, de forma honesta e imparcial. Nunca tomando partido, nem tão pouco com ataques ao teu mano Katró ou aos meus amigos “Manifestantes” Carbono e Ikono, ate porque o MPLA não precisa de bajuladores amadores como tu.

A título sugestivo lhe aconselho a pedir desculpas a todos Manifestantes pelas ofensas proferidas e ao público que chamastes de ignorante que se deslocou ate ao Elinga Teatro, ávidos em sentir a efervescência lírica do elenco convidado para o evento.

Por uma questão de respeito ao público, senti-me obrigado sim, a dirigir uma palavra ao pessoal que se fez presente. Reproduzi o Decreto Presidencial número 111/11 e distribui de modos a manter os manos informados e juntos reflectirmos sobre uma Lei de vital importância para todos agentes Culturais e não só.

A não realização do evento foi uma clara demonstração de Respeito a Lei, mesmo não concordando com ela, e nada me priva de manifestar a minha opinião sobre a mesma, ate porque a luz do artigo 167 número 5 da Constituição, hoje a iniciativa legislativa também pode partir dos Cidadãos organizados em grupos e organizações representativas, além de nos ser permitido participar na vida política e na direcção dos assuntos públicos, segundo o artigo 52 do mesmo diploma. Discordei com a dualidade de critério na aplicação da mesma Lei, permitindo uns e ” barrando outros” e acho que a mesma contrasta parcialmente com o discurso do PR, no terceiro Simpósio sobre Cultura, quando fala no apoio e fomento artístico e outros blá blá blá… Também não concordo com a permanente mendicidade dos artistas, feitos eternos Mendigos pedindo apoios e patrocínios condicionando assim a liberdade de criação por míseros Kwanzas… A minha visão integral sai em defesa dos artistas menos conhecidos que também tem o direito de expressarem a sua arte e correm o risco de serem excluídos, os artistas independentes, enfim… Mas sei que o meu amigo Dino, não percebe nada disto e também não tem interesse em conhecer os seus próprios direitos, e então são ” outros quinhentos”…

Caro Dino, se te esforçares um pouco perceberás que o Regime no poder há mais de 32 anos, não precisa de leis para satisfazer os seus interesses, pois não existe nenhuma lei que permite a morte por espancamento pela UGP que Cherokee sofreu, também não existia lei que impedia a minha venda na portaria da RNA, também não existe lei para despedir técnicos de som que tocam “Sei lá quê uaué”… Repara amigo Dino, existe uma Lei que permite manifestação mas a realidade social tem sido contrária, marcada por detenções e outras agressões policiais…

Não sei se o amigo Dino sabe que “existem dificuldades que nos tornam mais fortes”, e o Mck é um destes frutos de inúmeras proibições e perseguição politica. É sim verdade que eu nunca cruzo os braços as inúmeras barreiras impostas no meu caminho e procuro sempre tirar proveito racional das mesmas. Mas isto não se aprende na Escola mas sim na vida, caso tenhas dúvidas, vá ter com uma mulher Zungueira e ela te vai ensinar a vencer as dificuldades deste laboratório de sobrevivência chamado Angola.

Rapper ou Político?

Segundo Aristóteles, todo Homem é um animal político. A política é a arte de vida em sociedade, uma das poucas Ciências que podemos exercer sem uma formação específica. Repara amigo Dino, Lulas da Silva é Operário, Obama é Jurista, Savimbi graduou-se em Letras e Manguxi era Médico… Todos eles exercem a POlitica por consequência do contexto, entendeu? De igual modo, eu uso o Rap como um veículo de partilha dos meus valores, princípios e educação. A título informativo aproveito lhe dizer que além de Rapper também sou um Activista Cívico e coopero com algumas Organizações não governamentais Nacionais e Estrangeiras.

Kota Dino, caso tivesse interesse em ligar o meu “Manamadoísmo” teria dito que participei do ultimo álbum da Sister Sandra de Sá, teria dito que estive com a Sra. Angela Merkur, teria te dito que já cantei no mesmo palco com Mos Def, Racionais Mcs, MV Bill, enfim… Teria entregue estes vídeos e fotografias aos Blogs do Kratos, Cenas, Adérito, Edivaldo e ao teu para publicarem estes factos que não deixam de ter relevância informativa, né? Já agora tenho um Prêmio a receber hoje as 15h na Rádio Ecclésia!

Sem outro assunto de momento, espero poder contar contigo no jogo de domingo, no Shabba e aproveito a presente para lhe desejar um feliz Natal e um ano novo de matérias mais coerentes e imparciais. Também gostaria que realizasses um daqueles teus Bodas pesados de Fim de Ano, porque levas mais jeito e deixa a arte da escrita pra quem sabe.

Abraço.

Luanda aos 08 de Dezembro de 2011

Katrogi Nhanga Lwamba

OS “TRUQUES” DO MC K

Texto: Dino Cross

Recentemente MC K falou-nos sobre o seu novo álbum Proibido Ouvir Isso que deve chegar em breve ao mercado, e em função disso permitam-me fazer uma pequena observação.

Aquando do lançamento do álbum anterior o “Nutrição Espiritual” ou melhor na altura da preparação do disco passado, MC K viveu uma fase de inúmeras especulações, parte delas alimentadas por ele mesmo, quer dizer, ele não se deu o trabalho de falar algo em sua defesa, lembro-me te-lo perguntado se era mesmo verdade que ele tinha assinado pela Bue de Beats, ao que não obtive resposta, após a uma confirmação do Heavy C, cheguei a publicar que o album iria sair pela Bue de Beats. Não foi isso que aconteceu e qual foi o espanto? Na música “Oceanos de Rivais” baixei a cara quando ouvi “vou lançar com a buê de que? falam atoa”, e situações como estas serviram de resposta para muitos falatórios.

Penso que, associado ao talento a formula para o sucesso será a mesma, nos Dias de Hoje muitos blá blás já ouvimos todos, “Que foi comprado pelo partido, que é espião dentro do movimento Underground, que descreve pobreza do guetto quando na verdade vive num prédio bem situado na cidade, que não vai cantar sem ser pago, que fatura em nome do underground, que namora com herdeira rica e muitas outras conversas que têm vida a já a uns 2 anos, e durante este tempo Katroji como também é conhecido, engoliu estes sapos mantendo-se em silêncio.

Se eu bem conheço o MC K, ele vai chamar demagogos aos actores de todos estes falatório e vai dar a volta por cima com um álbum bastante maduro e inteligente, pre-vejo uma abordagem aos actual estado do rap, mais uma vez atirando pedra para quem terá se afastado do rap para o brilhar no Kuduro, uma leitura do dinamismo da politica, e por ai a fora, o que não é pecado claro.

Para ter-se uma apreciação do que será o “Proibido Ouvir Isso”, via Madtapes MC K lançou a música 5 anos de Ausência, estão todos convidados a fazer download e deixar o seu comentário.

5 anos de Ausencia – DOWNLOAD
ASSIM FOI O SHOW DE BOB DA RAGE SENSE

ASSIM FOI O SHOW DE BOB DA RAGE SENSE

MC K, Kool Klever, Bruno Boy e Leu Bone sobre a chancela da Casa de Ideias, realizaram o tão esperado show de Bob da Rage Sense que veio a acontecer no dia 27 de Fevereiro do corrente ano no Cine Atlantico e que contou com a participação de vários artistas que souberam entreter o público que preencheu o recinto não só com a sua presença mas também pela satisfação em fazer parte de um bom show de hip hop.

A carga começou com o grupo de b.boyz Extilo Urbano, em seguida Dr Romeu cantou e deixou a sua marca com um freestyle em acapela, seguiu-se X da Questão, Extremo Signo, Army Squad, Ikonoklasta, Phay Grande, Fuse e para fechar a noite em grande Bob da Rage Sense que mesmo não vivendo em Angola conseguiu com o seu vasto repertório encher o cine Atlântico, uma actividade nada fácil nos últimos meses.

Mas antes mesmo de começar a festa, tivemos uma feira de venda de discos, com destaque ao lançamento e venda da mixtape ponto de interrogação de X da Questão na bancada da Cerebro Records que também apresentou a compilação da label, os discos da Iveth, G2 e Gpro, noutra bancada estava a vender o seu disco um dos grandes activistas de hip hop em Angola o Lukeni Fortunato que dividiu espaço com Corleone que esteve a vender a sua mixtape, algumas das obras de Bob da Rage Sense também foram bem vendidas, mas surpresa foi ver a bancada da Masta K a vender discos do Azagaia (já não tinham acabado afinal?), que mais uma vez deixou ficar evidente a sua aceitação e popularidade em Angola.

Um facto que já não dá para esconder é o clima salgado que ficou entre a organização e a Madtapes, na conferência de imprensa que antecedeu ao dia do show, os bloggers não deixaram de perguntar porquê que não teriam Kid Mc num show de underground consciente, e em que pés andam as relações do Bob da Rage Sense com a Madtapes, mesmo com muito esforço para mascarar a verdade, todos perceberam que as coisas não estavam bem, e deu-se a perceber isso quando vimos Samurai a comprar ingresso e ter assistido ao show como um espectador comum, é a primeira vez que se vê num show desse nível dispensarem o contributo deste activista e dj de hip hop que é o homem da Madtapes, que através de uma conversa no facebook falou-nos: “não há beefes nenhum, apenas tamos a preparar um mega show de Kid Mc no pavilhão da cidadela já em Março, e pretendemos criar o maior impacto possível para este evento, ora o Kid aparecendo no show do Bob, tiraria impacto no seu mega show, são por estas razões que estou a dizer, estamos a falar de um mega show… todo cuidado com a estratégia de marketing é importante” – lamentou. Comportamento bem compreensivo sim, só foi uma pena as coisas terem acontecido num intervalo de tempo curto impossibilitando assim Kid Mc de participar da festa, diante disso só o tempo pra adoçar os ânimos.

ARMY SQUAD NUM SHOW DE RAP UNDERGROUND

Por serem considerados grupo de rap comercial em principio temia-se que seria vaiados, afinal quando no principio do show anunciou-se a sua presença a sala ficou dividida, mas em palco a Army mostrou mais uma vez o seu potencial, cantaram e encantaram, vimos uma fotografia bonita do público com as mãos no ar, estão de parabéns sim, como diz o Briguel Brizzo “a Army Squad é dos poucos grupos do rap angolano, que não têm hater fieis”

EFEITO AZAGAIA NO SHOW DE BOB DA RAGE SENSE!!!!

Quem foi ao show de KID MC em Dezembro de 2009, ficou a saber que embora não ter-se programado isso, a performance do AZAGAIA levou o público a desrespeitar algumas figuras políticas do pais, situação que deixou desconfortável organizadores e patrocinadores, desta vez o Matafrakos aka Ikonoklasta imbuído de uma ideologia que surpreendeu até aos mais undergrounds, desrespeitado a todos os organizadores e patrocinadores incentivou o povo a faltar com respeito a figuras políticas do pais e não achando suficiente apelou a um comportamento semelhante ao que tem vindo a acontecer nos países árabes. É claro que ninguém gostou da ideia e deixou preocupado os organizadores que lamentaram esta atitude que reconheceram terem tido dificuldades em conseguir patrocínio e espaço para a realização de show de rap underground por quase sempre caminharem para o descontrole da ordem pública.

O DJ BomberJack

Tudo o que se tem a dizer é que o mano deu Karga mesmo, tido como um dos melhores Dj’s de hip hop em Portugal, posto em Luanda não deixou de honrar o seu nome, a formula já sabemos, old school music pra animar e o resultado foi saldo positivo, a organização está de parabéns por este grande show de Hip Hop

MC K e Azagaia – participam no festival Mestiço em Portugal

De 26 à 29 de Junho, a Casa da Música, na cidade de Porto (Portugal), recebe o FESTIVAL MESTIÇO de 2008, de acordo com o programa, esta actividade traz a oportunidade para ouvir alguns dos grandes fenómenos da World Music da actualidade, incluindo as sempre inovadoras mestiçagens entre as tradições musicais e as tendências mais recentes de géneros como o Hip Hop, a Electrónica ou o Rock. De 26 a 29 de Junho, está convidado a visitar geografias e géneros musicais eclécticos e contagiantes.

O programa faz menção que MC K e Azagaia deverão actuar no dia 27 do mês corrente, sexta-feira, dia dedicado ao Hip Hop, e o evento vai acontecer na Praça, as 22Hrs. Uma prestigiada selecção de artistas dividem o palco com os nossos manos, entres eles Marcelo D2, Manif3stos e Dany Silva.

Veja abaixo o perfil dos artistas programados para esta noite (27 de Junho).

MARCELO D2 (Brasil)Nesta noite destaca-se o carioca Marcelo D2, rapper que se celebrizou com a sua banda Planet Hemp, nos anos 90. O álbum Eu Tiro é Onda marcou o início da sua carreira a solo, há dez anos e desde logo contou com a participação de nomes de peso do rap de São Paulo e do Rio de Janeiro, como Black Alien & Speed e BNegão. A mistura de elementos do samba com Hip Hop é a sua imagem de marca, apurada no terceiro álbum, Meu Samba é Assim, com a participação especial de grandes nomes do samba – como Zeca Pagodinho e Alcione – e do rap – como Marechal e Aori.

MC K (Angola) Começou com demonstrações para pequenos grupos alternativos, mas rapidamente foi descoberto pela imprensa internacional. Ao segundo álbum de originais, o rapper angolano aceitou o desafio de trazer a sua mensagem ao Porto, a convite da Casa da Música. Politicamente crítico, aos 26 anos, MC K pretende ajudar a construir um país onde a liberdade de expressão seja uma realidade acessível a todos.

MANIF3STOS + DANY SILVA (Cabo Verde / Portugal )Deixaram-se seduzir pelo drum’n’bass, o soul, a electrónica e no álbum de estreia que vêm apresentar à Casa da Música, Gerasons, os Manif3stos debatem as múltiplas realidades sociais, culturais, tecnológicas e económicas em que vivemos. Um disco que conta com a participação especial de Sagas, Tranquilo, DJ Kwan, Conflito e Dany Silva, músico, cantor e compositor cabo-verdiano que já colaborou com Rui Veloso, Mariza ou Tito Paris.

AZAGAIA (Moçambique )Despertou a atenção de Moçambique e do mundo pela sua crueza e revolta. O jovem universitário Azagaia (aka Edson da Luz), de 23 anos, aborda uma série de temas da actualidade moçambicana, desde o assassinato do jornalista Carlos Cardoso, à corrupção e até aos esquadrões da morte no seio da polícia. Recentemente editado em Portugal, Babalaze dá a conhecer o músico que já fez parcerias com Valete e que se identifica com Boss AC e Sam The Kid.Para mais informações descarregue aqui todo o programa do festival ou visite http://www.casadamusica.com/