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Archives 2010

CFKAPPA DIGRESSÃO A MOÇAMBIQUE

Quando escrevemos sobre CFKappa temos consciência que incorremos em excesso, mas é inevitável, o jovem trabalha mesmo, este mc’s angolano que o mundo já esta cansado de saber a sua idade não vale por ser miúdo, mas sim pelo seu talento e esforço. Estavamos na África do Sul quando chegou a confirmação de que CFKAPPA acompanhado pelo blogger Kratos disparavam algumas barras em acapella por todos os lugares por onde passavam em Moçambique. Um acontecimento com este caracter noticioso deveria ser acompanhado de perto e foi dai que nossa equipa deslocou-se a Maputo e apartir de lá acompanhou passo-a-passo deste jovem que resolveu ir investir numa carreira internacional.
A primeira aparição pública de CFKappa foi no programa music box, e lá deixou claro que qualquer mc’s deve estar preparado para fazer freestyle quando é chamado, mesmo os mais famosos e sem medo e possuido de bastante coragem mandou freestyle em directo para maputo e arredores, o pessoal gramou e neste instante o nosso pequeno grande homem perdeu o sossego, número de celular divulgado para show acabou sendo também o elo de ligação com as pessoas que se identificaram com o seu rap. Reconhecido por todo lado onde passou, chegou a ser convidado para estar no famoso programa de André Manhiça, o Impulso e sentindo-se muito honrado lá foi e mesmo não sendo dia de freestyle mandou também rimas em duplo e triplo sentido, André Manhiça ficou sentido não só pelo dropar mais também pelo dialogo adulto que foi a entrevista.
Lencinho caiu na mão de CFK no remix, Slim Nigga achou conveniente chamar o nosso mano no remix da sua música que já fez muito sucesso e assim começou os encontros e os featurings com mcs da praça, D-Lon e CFK num freestyle esclusivo para o blog da Garagem, saiu ganhando o hip hop mais uma amizade na música. Azagaia e CFK em 10 minutos de freestyle deixaram a gprO xtudio sem Mic, Dice, Lay Low, Kloro, Iveth, turraz e muitos outros manos estiveram em conversa de troca de experiência com o jovem que pelos Magnezias RUN MAPUTO, na track Rock Star.

Pré-extreia do álbum do DJ Dabo

Dygo Boy com o mic na mão

CFK repando com os Magnezias no show do Dj Dabo


Grandes mc’s desfilaram seu rap e tornaram o ambiente mais quente, sem querer fazer distinção, destaca-se a performance de K9 que bifou quem não temos certeza, D-lon que pela primeira vez actuou a solo com a música poeira, nós registamos este momento e também a actuação de ace nells, altura em que começou o periodo de rap love (sem ofensas), que não demorou pois os donos do club em grande estilo entraram em palco e sem querer mostraram bastante profissionalismo, Dygo Boy cordenava a tropa que trazia um fuzileiro de rap angolano, CFKappa que dropou na música rockstar, mas todos sabemos que alegria de pobre dura pouco e foi assim que nos sentimos quando derrepente Dj Dabo termina o show. Ele teve seus motivos.

CFKappa saiu pra tchilar

Com o objectivo de saber como é tocada as músicas nacionais e internacionais nas noites de Maputo, CFK foi tchilar e lá ficou a vontade, muito mais muito a vontade, só para fazer-vos intender não vamos entrar em detalhes para que a namorada do jovem não tenha problemas de tensão alta ou baixa, sendo um pouco mais sério, CFK ouviu rap sim, mais americano, apenas 2 raps moz tocaram, Duas Caras e Dama do Bling, mais isso nao o deixou timido afinal o seu rap é direccionado a mente não ao bum-bum, e será bem normal de este não passar nas discotecas.
Dar entrevistas a falar de rap sem passar pelo hip hop time é possivel? quando Helder Leonel estiver a escrever a historia do seu programa acreditamos que falará do programa em que entrevistou o blogger Kratos e o rapper CFk mais dois angolanos que sairam de Luanda para Maputo pelo amor ao hip hop.
Remate final, CFK investiu em divulgar a sua música, esta actitude para mim deve ser seguida por muitos outros artistas sejam eles angolanos e moçambicanos.


CFK entrando no avião no regresso a casa
o freestyle com Azagaia

freestyle CFK e Azagaia – Download

CFK e Kratos no avião voltando a Luanda

Em estudio:

GRAVAÇÃO DA NOVA MÚSICA DOS MICRO 2

FLASH e LEGACY (MICRO 2) reuniram amigos no seu novo projecto, a nova música deverá constar num trabalho sobre responsabilidade do Legacy. Não precisamos falar que grupo Micro 2 são bastante referenciados e têm agora 2 discos nas ruas, muito respeito se impoe a este grupo que persistem num RAP com essência underground.
Varias mc’s foram chamados a cuspir algumas barras, mas no dia da reportagem esteve presente Kloro e Pitcho, as fotos mostram um pouco do grande momento vivido no dia
Kloro ensaiando antes de lançar as suas barras
Cotonete esta na casa “Pitchó” lendo pela última vez o seu verso

A PRIMEIRA LOJA DE HIP HOP E DERIVADOS

GARAGEM


Garagem é a primeira loja de hip hop e uma vez em Maputo, não perdemos tempo, fomos fazer umas fotos para melhor ilustrar a imaginação de quem em Angola sempre houve falar da loja. Ficamos satisfeitos em saber que existe uma loja inteiramente dedicado a cultura que todos nós amamos.


Mas é importante que o pessoal vá a garagem comprar discos, é preciso que pessoal abrace este e outros projectos para que o hip hop em Moçambique seja um movimento forte e unidos. Podemos encontrar discos de Mc’s angolanos e Moçambicanos, t-shirts e muito mais.

As fotos falam por sí.

IMPRENSA EM GUERRA COM AZAGAIA

Esclarecimento necessário

Ao noticiar o clima de tensão que foi a performance de Azagaia no show de Kid MC, o jornal privado moçambicano ” O público”, exagerou fazendo destaque em capa de jornal com o título “Azagaia escapa assassinato” uma situação que deixou os fãs e os “cotonetes” bem preocupados. Não se tendo verificado nenhum atentado a sua pessoa, Azagaia disse-nos que sente a necessidade esclarecer ao povo angolano sobretudo, que sentiu-se bem recebido e em momento algum sentiu-se intimidado. Quanto ao jornal privado, Azagaia em entrevista ao programa “Atrações” da Tv Miramar, mandou um “manguito” (um faki you gestual) para toda equipa do jornal e isso deixou a redacção do “O público” bem mais irritado e agora investigam a fundo sobre sequelas do show de Kid Mc, foram publicados artigos como “Azagaia proibido de entrar em Angola”, e muito outras, fomos investigar algumas das afirmações que o jornal fez, e ainda estamos a procura de informações, infelizmente o jornal não mentiu, houve sim uma chamada de atenção quanto a natureza de show sobre a realização ou suporte da Sank Eventos, mas NÃO CONFIRMAMOS que Azagaia esteja proibido de entrar em Angola, os últimos acontecimentos políticos e desportivos roubaram a maior atenção e preocupação do governo angolano ao ponto de não terem dado importância a isso, mais continuamos a investigar já que não há fumaça sem fogo.

Mas é isso aqui, AZAGAIA quer tranquilizar os fás dizendo que sentiu-se bem em Angola e confessou-ao ao Kratos (luso hip hop) e ao CFK que tem muitas saudades da banda.

REPORTAGEM A MOÇAMBIQUE – 2010

O hip hop levou-nos mais uma vez a um período de reportagem a Moçambique, mas aproveitamos fazer varias fotos dos locais mais lindos daquele pais, apenas um cheirinho vos é apresentado aqui.
Começa aqui uma sequência de reportagens que espero espelhar um pouco do que é de facto o hip hop moçambicano

“CRONIBLOGANDO”

ESTAMOS DE VOLTA
Mais um ano passou e é chegada a hora de fazer um balanço entre o hip hop moçambicano e o angolano, dois títulos, de um lado o ano do hip hop e no outro o ano da independência. Este blog dedica-se até agora ao movimento hip hop entre ambos os países, e o propósito de um angolano reportar o hip hop moçambicano, já várias vezes aqui e noutros fóruns foi abordado, embora que nos dias de hoje, já não faz muito sentido. Porquê puxar pelo hip hop moçambicano quando este já respira bem? Satisfaz-nos dizer que o hip hop moçambicano rompeu barreiras e hoje apresenta-se com dignidade. Em Moçambique a Cotonete Records, e a GPro deixam bem claro que no braço de ferro ninguém os derruba, mas há mais batalhadores em colectivo e individual, só não vamos adiantar nomes em respeito ao esforço dos outros manos que também dão seu suor em prol desta causa que une todos nós.
ANGOLA, o hip hop conheceu um momento único na sua historia, o rap alternativo ou underground como muitos preferem chamar ganhou vida, e concorre ao mesmo nível com o chamado rap comercial e se calhar até ganha nos shows, como isso quero dizer que é possível um show de rap underground encher mais do que o comercial, e isso já aconteceu, esta vitoria preferimos chamar INDEPENDÊNCIA.
Mais não foi só alegria o ano de 2009 no rap angolano, um nome com bastante influencia buscou inovar o seu rap mwangolenizando-o com Kuduro, este facto dividiu opiniões e alguns surfaram nesta onda, muitos outros contestaram, até hoje há rappers que tem o orgulho ferido e a dor é tanta que não escondem nem por simpatia.
Dois programas radiofónicos por semana, de aproximadamente duas horas tem sido até hoje o meio de divulgação da música rap, naturalmente os mais atentos podem perceber que é impossível concorrer com outros estilos musicais sabendo que estes têm mais espaço nas rádios, dai que a internet aparece como a nossa bóia de salvação, os blogs tem feito muito por essa cultura e este amor que todos temos pelo hip hop hoje somos uma nação forte.
MOÇAMBIQUE, mc’s alimentaram o slogan “O ANO DO HIP HOP“, em 2009, sim concordo!!!, o rap voltou a sorrir por lá, mais sente-se um fraco movimento, um grande alicerce ruiu “TRACK RECORDS”, problemas internos levou A2 a abandonar o barco, isso para não falar da Trio Fam que deixou os f’ãs sem chão com a noticia, Kloro ao cantar “não é verdade que o hip hop is dead, sobrevive em maputo e claro dorme na track” deixou o pessoal com bastante entusiasmo, mas diante da realidade “sei não” se já estava a sobreviver, agora sem a Track hip hop não tem aonde dormir. Mas pra suavizar a questão vale recordar que Kloro declarou-nos que a saída deles na Track não é oficial.
Mas hip hop em moz não é só Track, afinal foi em 2009 que a Gpro lançou a sua mixtape, foi também em 2009 que a cotonete records fez o show da Iveth, a mCel o hip hop rules e foi uma sequência de show que permitiu afirmar-se 2009 como o ano do hip hop, tudo isso é secundado por André Manhiça que reafirma que o hip hop falou alto em 2009, houve mais vídeos, mais shows e mais música.
Seria um texto invalido se não mencionássemos o renascimento de Duas Caras Aka Kara Boss, mas quanto a isso não há argumentos, todos sentiram o poder e a influencia que a Gpro tem no hip hop moçambicano, só esperamos que não esperemos mais 3 anos para outro passo enfrente.
SANDOKAN, se fosse para qualificar a quantidade de downloads feitos na internet, este seria sem dúvidas o Rei do hip hop angolano, em três dias mais de 3 mil pessoas baixaram a sua música, mais ai teríamos outro problema AFROMEN reuniu aproximadamente 45 mil pessoas como o mesmo propósito, ouvir rap. Para quem não se lembra, não custa nada lembrar que AFROMEN encheu um estádio de futebol realizando o show de apresentação do seu disco, mas felizmente hip hop não tem nem precisa de um Rei, hip hop é cultura e a manifestação cultural é livre, arte também é inovar, por isso acho necessário um debate público sobre as tendências que o rap tem tido, o casamento com o Kuduro e o casamento com o Pandza, será inovação do rap? ou fugir da essência?
Assim foi 2009 e agora esta a começar 2010 vamos esperar grandes motivos para reportagem.

MAIS FOTOS DO SHOW DO KID MC

OS UPLOADS NÃO VÃO PARAR
A internet que estamos a usar é bastante lenta pelo que estaremos em processo continuo de actualização, ai vão mais fotos

PAI GRANDE o poéta MC Tó com Kid Mc Phathar Mak dropando Mc K

KID MC enterra difinitivamente 2009.


Minutos antes de entrar em palco, uma pequena oração

2009 a festa do hip hop (underground) em Angola foi bastante animada, depois da proclamação da indepência no show do Kool Klever em Outubro, a Madtapes enterrou com pés firmes todo tipo de dependência, está bem provado que o underground está vivo e bem vivo.

Focando para o show que uniu Portugal, Angola e Moçambique, todos puderam presenciar a um verdadeiro show de rap, um rap sem bla bla blas e timidez, várias foram as fases do show e não convém destacar só o Azagaia ou o San the Kid, é inevitável reportar o show de Kid MC sem falar da “fervorosidade” de Extremo Signo, Lil Jorge, e MC K este mano que com o seu estilo inconfundível provou que não precisa que Casa Blanca o chame, para o seu som bater no Bié, já agora PAI GRANDE escreve-se com letras maiúsculas até agora não parei de bater as palmas, a nossa Eva é mais zangada não comeu a maça pitou o mic, muitos filhos já não respeitam os pais, andam rebeldes por isso Phathar Mak dropou o “meu rap” e ensinou bons princípios com o tema “A amizade”.

Quando eu dizer AZA vocês dizem GAIA, AZA – GAIA, depois de um intro com “barras” serias, assim entrou em palco AZAGAIA o homem que tem os testículos no lugar e metade destes politicos deveriam emprestar, este mano atropelou o Karl Marxs, confesso que imaginei-o a cantar músicas calmas e tal, nada disso, vestido a militar como um bom combatente, disparou a queima roupa sem medo, até os mais “unders” tremeram, o povo estava excitado e mostraram que Azagaia é popular em Angola. Azagaia convenceu, atirou-se ao público, e com eles fez a festa, mais não foi este o maior momento da performance de Azagaia, vedou os olhos para um momento de bastante concentração e com todo o profissionalismo fruto de uma longa estrada dropou bem. Enquanto cantava muitos manos ficavam preocupados com a sua frontalidade ao abordar assuntos socio-politicos, tema este que muitos assumem-se como surdos e mudos, “Ou me matam ou que…” foi o que faltou ser dito. Propositadamente esqueci-me de falar do braço direito do Azagaia, em palco mano CFK, este nosso jovem que completa este ano 18 anos, e que tem vindo a fazer transpirar muitos “kotas”, com o seu rap de alto nivel, seu merito tem vindo a ser reconhecido por nomes bem pronunciados do rap lusofono, tais como Valete que também teve o prazer de partilhar o palco com este jovem no Show do Kool Klever e mais recentemente o mano Azagaia.

Muitos dias passaram depois do show e já estamos todos calmos e com toda a honestidade não havia motivos para tanto medo, afinal é o exercicio da democracia, embora que Angola não esta ainda preparada para um outro conceito de democracia, AZAGAIA virou heroi do povo, mas na verdade ele não falou mal de ninguem, quer dizer não pronunciou nomes de dirigentes e de partidos como deu-se a entender e fala-se nas ruas de Luanda, o povo sim exteriorizou o que o vinha no intimo, ainda sim preocauções devidas foram tomadas visando a segurança do nosso irmão moçambicano, que como um toque de magia, sumiu, alguem desapareceu com o mano “Gaia”, qual hotel qual que? enganou-se quem o procurou lá.

Pelo relato até parece que o show terminou ai, mais não, San the Kid não fez rimas de um, dois, três, quatro, cinco, seis, a sua majestade não foi posta em dúvidas, alias Rei que é Rei não “maia”. San the Kid continua o rei das rimas, embora ter sentido-se que a sua actuação não foi bem entendida, pois o recinto estava maioritariamente preenchido pelos fãs de um rap underground ao português falado em África, linguagem esta que carrega um pouco na nossa realidade africana. Mas isso não matou o show em nenhum momento, afinal o movimento hip hop em Angola é bem diversificado, la estavam os fãs de San the Kid a cantar e a vibrar com ele.

Falamos dos convidados no princípio, é chegado o momento de KID MC o homem da noite, poderiamos fazer uma frase bonita assim como no título “Kid Mc enterra difinitivamente 2009”, mais não estariamos a ser sinceros, o show foi encerrado com o famoso beef “Velório” e quem já viu um velório sem uma “pá” pra enterrar difinitivamente o difunto? Assim Kid Mc enterrou DJI TAFINHA no fim do seu show, um e-mail chegou-nos com o seguinte comentário “DJI TAFINHA é da Army, e na Army se ressuscita”, não tarda tal como o renascimento do tubarão, DJI TAFINHA vai aparecer com o “renascimento do relatório”. Parece-nos engraçado, mas hip hop é isso, esta tendência de uns bifarem os outros é bem normal, apesar de que neste momento gostaria de lembrar que o beef em Angola ficou provado que não é saudavel, se calhar seria melhor se nos dedicassemos a escrever coisas com outro conteúdos.

Assim ficou para trás mais um ano na historia do hip hop angolano, bem vindo hip hop moçambicano ao nosso convivio, MADTAPES parabéns pelo êxito desde show e esperamos que este ano juntos a malta consiga levar o hip hop a outro nivel.

Joe e Azagaia no avião, regressando a casa depois de um grande show

Azagaia e Joe saindo do avião, já em Maputo

FELIZ 2010

ANTES DE MAIS, OS NOSSOS PEDIDOS DE DESCULPAS

É compromisso assumido a divulgação de noticias neste espaço, ao falharmos sabemos que decepcionamos quem pacientemente cá entra a procura de noticia. Justificações não curam feridas claro, mais de certa forma ajudam a sarar.

Estamos em reportagens e sem acesso a internet, dai os updates serão apenas aos fins de semana ou quando possivel.

Bom 2010 para todos, que o hip hop ganhe mais adeptos e cada vez mais nos tornemos fortes